Insolvências em Lisboa disparam 40% em Janeiro e Fevereiro

Só no distrito de Lisboa, insolvências dispararam 40% nos dois primeiros meses do ano. Já em Castelo Branco foram abertos mais 200% destes processos

São já mais de 1100 as insolvências registadas em Portugal desde o início do ano até ontem, um salto de 18,9% face aos dois primeiros meses de 2012, quando 930 empresas entraram neste tipo de processo – valor que representava um salto de 41% face a Janeiro e Fevereiro de 2011, quando houve 658 insolvências.

Este é mais um indício da aceleração que o desemprego estará a registar neste arranque de 2013, depois de a Direcção-Geral do Emprego e_Relações do Trabalho ter ontem avançado com dados que mostram um crescimento de 28% no total de processos de despedimento colectivo em Janeiro em comparação com o mesmo mês de 2012. O_ano passado foi já um ano marcado por um forte crescimento no total de processos de insolvências em Portugal, com 6281 entidades nestes processos, mais 39% que os casos em 2011.

Agora, e segundo os dados compilados pelo Centro de Estudo do IIC – Instituto Informador Comercial (IIC), as insolvências continuam em aceleração. Entre 1 de Janeiro e 28 de Fevereiro registaram-se então 1106 insolvências em território nacional, com Lisboa e_Porto a serem os distritos mais afectados por estes processos: Lisboa registou 266 insolvências no período, mais 40% que nos dois primeiros meses de 2012, e o Porto 248, mais 6%. O_maior aumento relativo veio contudo de Castelo Branco, com mais 228,6% de insolvências, que cresceram de 7 para 23 em Janeiro e_Fevereiro. Já em Setúbal o salto foi de 88%, de 34 para 64 insolvências, e em Coimbra o aumento situou-se nos 63%, tendo sido registados 31 destes processos no mesmo período.

Destaque também para os distritos que estão a registar quebras significativas nas insolvências. É o caso da Madeira e de Braga, onde o total de ocorrências caiu 20,5% e 8,5%, para 27 e 118, respectivamente. Em Vila Real, Aveiro e Guarda as insolvências estão também em queda, mas apenas ligeiramente.

As novas vítimas A restauração, imobiliário e as vendas a retalho são os sectores de actividade que, à imagem do ano passado, continuam com números elevados de insolvências. No comércio a retalho houve mais 31% de insolvências (173), enquanto na restauração foram mais 55%, subindo o total de insolvências neste sector para 76, contra as 49 registadas em Janeiro e Fevereiro do ano passado. Quanto à promoção imobiliária houve um ligeiro recuo (-1,57%), continuando ainda assim a ser um dos sectores com mais insolvências: 125 até final de Fevereiro.

Além destes sectores, 2013 fica também marcado por conjunto novo de sectores de actividade que estão a assistir à explosão das insolvências. Indústrias de madeira e cortiça (+66%), fabricação de produtos metálicos (+25%), fabricação de mobiliário e colchões (+37,5%), comércio, manutenção e reparação de automóveis (+39%) ou consultoria e programação informática (+16,6%) são tudo sectores com crescimentos significativos nas insolvências desde o início do ano.

Ao longo do ano passado, foi na promoção imobiliária, no desenvolvimento de projectos e na construção de edifícios que se registou o maior número de entidades que entraram em processo de insolvência, com 856 casos, mais 46% que em 2011. Já na restauração, que esteve em foco ao longo de 2012 à conta do aumento do IVA, houve uma subida de 51% nas entidades que […]

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