Gaspar: «Não há nada que aponte para o empobrecimento»
Ministro das finanças defende proteção dos «mais vulneráveis» na sua proposta para o Orçamento do Estado para 2013
Para o ministro das finanças «não há nada nesta estratégia que aponte para o empobrecimento» dos portugueses.
Perante as críticas do bloquista Pedro Filipe Soares, que classificou, ironicamente, as medidas de austeridade levadas já a cabo e, principalmente, aquelas propostas no Orçamento do Estado para 2013 (OE2013), de um «empobrecimento regenerador», Vítor Gaspar disse que «não há nada de regenerador no empobrecimento» e que, «sinceramente, não vejo nada nesta estratégia que aponte para o empobrecimento».
«Mais desemprego, menos trabalho, mais cortes às prestações sociais…», enumerou, ao mesmo tempo, o deputado do Bloco de Esquerda.
A resposta do ministro surgiu das críticas de Pedro Filipe Soares sobre o corte no subsídio de desemprego e apoio a idosos, levadas ontem à discussão com os parceiros sociais.
Como resposta, Vítor Gaspar reiterou a «maior equitatividade» no OE2013 e o «princípio geral» que é «a necessidade de proteger os mais vulneráveis», a tecer «mais comentários do que está a ser discutido em sede de Concertação Social».
Durante a primeira comissão de orçamento e finanças sobre o orçamento do próximo ano, Vítor Gaspar continuou garantindo, também, que não considera que o país enfrenta uma «espiral recessiva», como acusou, por sua vez, João Galamba.
«Não há qualquer processo de espiral que afecte a economia portuguesa. A recessão temporária detecta os rácios de dívida em relação ao produto. É uma dinâmica normal»
O mais importante não é a conjuntura. É criar as bases para, a prazo, criar emprego e reduzir o desemprego. E isso tem de ser sustentado», concluiu o ministro das finanças.
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