Imobiliário. Compra e venda de imóveis caiu mais de 50% em onze anos

A expectativa das empresas de mediação imobiliária é pouco optimista, pelo menos para os primeiros mesesde 2013: vende-se menos por menos dinheiro

A compra e venda de imóveis caiu 50% em 11 anos e 2012 não foi melhor: transaccionaram-se menos imóveis e o valor médio das propriedades baixou 20% face ao ano anterior. O mercado de arrendamento subiu, sobretudo no segmento de rendas entre os 300 e os 500 euros, em que há menos oferta. Estas são algumas das conclusões do estudo ontem divulgado pela APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária em Portugal.

A falta de crédito bancário foi apontada por mais de 90% das empresas de mediação imobiliária como o factor que mais penalizou a compra de imóveis o ano passado. Só depois aparece a perda de poder de compra e, em terceiro lugar, a instabilidade do mercado de trabalho.

Apesar disso, no Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, os cinco grupos bancários inquiridos garantem que mantiveram inalterados os critérios de aprovação de empréstimos a particulares no que concerne ao crédito à habitação.

Mais: os bancos reportaram uma diminuição da procura de empréstimos para aquisição de habitação em 2012, mas garantiram que não estavam a aplicar condições diferentes para aprovação destes empréstimos. E, com a excepção de um, todos previam a diminuição da procura neste segmento.

Por distritos, Lisboa e Porto, seguidos de Aveiro, Setúbal e Braga, foram aqueles onde se realizaram mais transacções de imóveis, o equivalente a 54% do total do país. Portalegre e Évora, bem como a Região Autónoma da Madeira, foram os que obtiveram piores resultados.

Segundo a APEMIP, o único segmento que teve um comportamento positivo foi o do arrendamento. Em 2012, 38,9% da procura foi negociada por valores entre os 300 e os 500 euros, e em 36% dos casos fixou-se abaixo disso.

Entre 2000 e 2011 o número de imóveis transaccionados registou uma quebra superior a 50%, de acordo com dados do INE – Instituto Nacional de Estatística.

Em 2011 celebraram-se 167 496 contratos de compra e venda de imóveis (urbanos, mistos e rústicos), por um valor médio de 73 379€. Isto significa que, em média e por mês, transaccionaram-se quase 14 mil imóveis, menos 20% que em 2010 em número e menos 19,8% em valor. Do total dos imóveis transaccionados, cerca de 67% inseriam-se na categoria de prédios urbanos.

Por região, denota-se à semelhança do panorama nacional uma diminuição do número de transacções realizadas. De 2000 a 2011, a região que registou a maior quebra da variável em análise foi Lisboa, com um decréscimo a rondar os 61%. Os Açores foi onde se registou a menor quebra, com 33%.

O ano de 2012 foi “arrasador para muitas das empresas que polvilham o país”, nota o relatório, que estima que durante o ano tenham sido emitidas 236 novas licenças AMI, cerca de 61% das quais no distrito de Lisboa (com 70 novas empresas de mediação imobiliária).

De acordo com o estudo publicado, 99,8% das empresas de mediação imobiliária actuam no mercado da habitação, mais mais de metade tem actividade entre quatro e seis segmentos, que vão do comércio à indústria passando pelos terrenos agrícolas.

in http://www.ionline.pt/dinheiro/imobiliario-compra-venda-imoveis-caiu-mais-50-onze-anos

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