Actualmente, o prazo de prescrição de crimes fiscais já é de 15 anos, após alteração introduzida no OE de 2012.

 

O prazo de prescrição legal vai passar a suspende-se desde o momento em que seja instaurado um inquérito relativo a um crime fiscal e assim se manterá até ao arquivamento ou trânsito em julgado da sentença. Esta medida consta da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2013 na versão preliminar a que o Negócios teve acesso. A sua consequência imediata é que daqui para a frente os processos por crime fiscal que estejam a ser julgados em tribunal deixam de correr o risco de prescrever.

 

in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=583717&pn=1

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Menos tempo de espera nos tribunais antes dos julgamentos, processos com uma duração média de três a seis meses. São promessas de Paula Teixeira da Cruz deixadas numa entrevista ao “Diário Económico”.

 

Paula Teixeira da Cruz voltou a dizer, desta vez em entrevista ao “Diário Económico”, que a “impunidade” tem os dias contados em Portugal. Algo que já tinha dito quando comentou as buscas nas casas de governantes socialistas devido à investigação em torno das parcerias público-privadas.

“Quando o cidadão perceber que a impunidade – e eu volto a dizer – acabou mesmo, porque a história das prescrições acabou. Andar de recurso em recurso e de aclaração em aclaração, acabou. (…) Penso que aí o cidadão se sentirá muito mais confortável”, disse a ministra da Justiça na entrevista, referindo-se ao novo Código do Processo Civil, que define os processos legais para a resolução de conflitos.

Paula Teixeira da Cruz promete que a média da resolução dos processos deverá ser entre “três e seis meses”. Além disso, já não será necessário esperar “horas” para que o julgamento tenha início. “Tudo será calendarizado”, disse ao “Diário Económico”.

“Percebo que incomode o novo Código do Processo Civil, toda a gente estava habituada”, rematou. Mesmo os juízes “se falharem” têm de apresentar uma “justificação”. “Temos uma maior responsabilização de todos”, afirmou Paula Teixeira da Cruz.

 

in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=583805

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Os sujeitos passivos de IVA vão poder deduzir o imposto relativo a créditos considerados de cobrança duvidosa ou incobráveis sem que, para tal, tenham de recorrer ao tribunal e bastando apresentar o respectivo pedido junto da Administração Tributária e Aduaneira, a qual terá no máximo seis meses para decidir.

 

in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=583731

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Os trabalhadores independentes sem contabilidade organizada e inseridos no regime simplificado de tributação vão ser duplamente penalizados no IRS, com base na proposta de Orçamento do Estado para 2013 (OE2013).

Para além de toda a subida das taxa de tributação de IRS, quer por via da redução de escalões, quer pela criação da sobretaxa de 4%, ou pela redução das deduções, os contribuintes independentes terão outra penalização ao verem a presunção sobre os seus rendimentos subir de 0,7 para 0,8, segundo a proposta preliminar de Orçamento para 2013.

Com esta alteração, o valor sujeito a imposto para estes contribuintes sobe de forma automática dez pontos.

As medidas inserem-se numa versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado (OE) a que a agência Lusa teve acesso.

A versão resulta da reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira e trata-se de um documento que ainda pode ser alterado.

A proposta de Orçamento deverá ser entregue no Parlamento na segunda-feira, dia 15 de Outubro.

 

in http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=60889

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A última diretiva europeia tornou claro que os Estados não podem impor a obrigatoriedade de utilização de faturas eletrónicas, mas o Governo vai avançar já no início do próximo ano com um projeto compulsório que obrigará as empresas a comunicar – de forma eletrónica – os elementos das faturas. José António de Azevedo, diretor geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, explicou ontem os contornos do projeto no Fórum da Fatura Eletrónica, promovido pela ACEPI no âmbito da Portugal Internet Week.

Segundo o responsável, Portugal será o primeiro país da OCDE a implementar um sistema com estas características, envolvendo empresas e consumidores na comunicação e verificação dos dados faturados para conseguir obter maior transparência fiscal.

A partir de 1 de Janeiro de 2013 as empresas vão ter de comunicar ao fisco os dados das faturas, usando para isso os seus sistemas de faturação e contabilidade que disponibilizam o ficheiro SAF-T (PT), ou introduzindo manualmente os dados num portal das finanças sempre que as faturas forem emitidas em papel. José António de Azevedo lembrou na apresentação que esta será a opção mais cara para as empresas, até porque o software compatível de faturação é “muito barato”.

Do lado dos contribuintes há também um papel importante no processo, de verificação das faturas que foram emitidas em seu nome, através do Portal das finanças. Se estas já tiverem sido introduzidas pelas empresas não haverá lugar a nenhum procedimento, mas se ainda não estiverem registadas devem introduzir essa informação, e o fisco validará depois com a entidade emitente os dados.

O diretor da Autoridade Tributária a Aduaneira lembrou ainda que Portugal já tinha sido pioneiro em 2008 a avançar com a obrigatoriedade de utilização de software certificado, que foi aplicada gradualmente consoante a dimensão das empresas, e que agora volta a inovar com este sistema, defendendo que irá garantir maior transparência fiscal e o combate à economia informal (ou fuga aos impostos), que se refletirá num sistema mais justo onde podem ser consideradas reduções das taxas aplicadas aos contribuintes.

A administração fiscal está também a trabalhar para que esta obrigação declarativa possa ter efeitos na simplificação das declarações contributivas, com o pré-preenchimento das declarações de IRC e de IVA, à semelhança do que já acontece com o IRS.

 

in http://tek.sapo.pt/noticias/negocios/fisco_impoe_novas_regras_de_comunicacao_eletr_1275192.html#

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Segundo o relatório Fiscal Monitor, Portugal é a segunda economia do mundo com maior aumento da carga fiscal entre 2009 e 2012.

Segundo noticia hoje o “Diário de Notícias”, o estudo teve por base a análise de 37 países da Europa e do G20, entre 2009 e 2012, e a Argentina foi o país que mais aumentou a carga fiscal (3,5% do seu Produto Interno Bruto), sendo que Portugal agravou as suas contribuições fiscais em mais 2,8% do PIB.

De acordo com o Diário de Notícias, que cita um relatório do FMI divulgado esta semana, o organismo internacional não levou em conta nestes cálculos os novos aumentos nos impostos em Portugal anunciados para 2013.

Neste ranking do FMI seguem-se em terceiro lugar a Rússia, e no quarto posto a Lituânia.

O Fundo Monetário Internacional vê também Portugal a cair no ranking do poder de compra e do desemprego até 2017.

 

in http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-e-o-segundo-pais-do-mundo-com-maior-aumento-de-impostos_153540.html

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Farmacêutico acariciava empregadas, escrevia-lhes cartas e chegou a convidar uma para «ir dormir a sesta num hotel». Juízes dizem que só queria uma «relação sentimental»

 

Um beijo na boca, carícias na perna e no cabelo, uma palmada na nádega. Nada disto foi suficiente para que um tribunal de recurso de Madrid confirmasse uma sentença de assédio sexual de um farmacêutico contra duas funcionárias.

De acordo com o jornal «El País», o homem chegou a ser condenado por um tribunal de primeira instância a três meses e dois dias de prisão e a pagar uma indemnização de 11.200 euros. Mas a Audiência Provincial de Madrid absolveu-o dos crimes de assédio.

Mais insólito ainda, considerou que houve abusos – um crime mais grave – pelos quais disse não poder condená-lo, uma vez que não fora acusado deste tipo de delitos.

Além dos contactos físicos, o farmacéutico também escreveu cartas às mulheres. «Sonho com o toque da tua pele, com a sua cor, com o perfume que exala», lê-se numa. Noutra jurou: «És a mulher da minha vida».

Contudo, os juízes não consideraram que as carícias não consentidas, as palmadas nas nádegas ou um beijo na boca não autorizado constituíssem a proposta de uma relação sexual, admitindo algo mais grave: «A realização de atos de conteúdo sexual», que «poderiam constituir o suposto fático de uma condenação por delitos de abusos sexuais». Mas o facto do farmacêutico não ter sido acusado destes últimos crimes retirou a possibilidade da instância de recurso pronunciar-se sobre eles.

O tribunal apenas considerou que terá havido uma proposta implícita de relações sexuais uma vez, quando o homem propôs a uma das funcionárias «dormir a sesta num hotel».

Os magistrados defenderam ainda na sentença que o acusado terá apenas proposto uma «relação sentimental» com as mulheres, mas que sobre esta não pode afirmar-se que «alcance um caráter de uma proposta de um trato ou relação sexual séria e inequívoca».

A decisão já mereceu várias críticas. A primeira da advogada Ángela Cerrillos, que preside a uma associação de mulheres juristas. «Propor ir dormir uma sesta dessa forma não é uma proposta sexual? Subliminarmente está a dizer para irem para a cama», disse citada pelo «El País».

Glenys de Jesús, diretora do Observatorio de Género e Justicia de Women`s Link, também criticou a sentença, descrevendo-a como «discriminatória». «Inventa uma diferença entre as propostas para manter uma relação sexual e sentimental e retira a componente sexual de coisas como toque nas nádegas», disse. «Além disso, há uma situação de subordinação intimidatória e gravemente hostil. Ele era o chefe e fazia estas propostas desde a sua situação de poder».

Já o professor de Direito Penal da Universidade Pontifícia de Comillas Julian Ríos defendeu a posição dos juízes. «A nível coloquial pode ser que estes factos se definam como assédio sexual. Mas juridicamente não é assim. Falta que se demonstre que se provocou uma situação objetiva, gravemente intimidatória, hostil e humilhante. E que a natureza dos factos seja só sexual. Se não se cumprirem este requisitos não é assédio. Poderá ser outro delito, como o de abusos, mas assédio não. Isso, com todos estes limites, é o que assinala a lei», disse.

 

in http://www.tvi24.iol.pt/internacional/assedio-sexual-assedio-espanha-madrid-tribunal-mulheres/1381837-4073.html

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Joana Marques Vidal é a nova procuradora-geral da República. A informação já foi confirmada em comunicado publicado no site da Presidência da República.

“O Presidente da República vai nomear a Procuradora-Geral Adjunta Dra. Joana Marques Vidal como Procuradora-Geral da República, estando a tomada de posse marcada para o próximo dia 12 de Outubro”, pode ler-se no comunicado.

Já tinha sido avançado nos últimos dias que o cargo deveria ser ocupado por uma mulher.

Joana Marques Vidal vai substituir Pinto Monteiro que termina o mandato esta terça-feira e já tinha garantido quenão ficaria no cargo para além de 9 de Outubro, se até lá não tivesse sido escolhido um sucessor. Pinto Monteiro defendeu ainda um Ministério Público “longe da política” e “fora dos sindicatos”.

“Completando-se amanhã, 9 de Outubro, os seis anos do mandato do actual Procurador-Geral da República, o Governo propôs a nomeação, para o substituir, nos termos do art.º 133, alínea m), da Constituição, da Senhora Procuradora-Geral Adjunta Dra. Joana Marques Vidal”, acrescenta o site da Presidência.

Antes de Pinto Monteiro, o cargo foi ocupado por Souto Moura e Cunha Rodrigues.

 

Procuradora-Geral da República 33 anos após entrar no MP

Joana Marques Vidal, nomeada hoje Procuradora-Geral da República pelo Presidente da República, torna-se na figura máxima do Ministério Público (MP) 33 anos depois de ter ingressado na magistratura.

Atual auditora jurídica do Representante da República para a Região Autónoma dos Açores e, em acumulação, magistrada do MP no Tribunal de Contas, Secção Regional dos Açores, em Ponta Delgada, Joana Marques Vidal licenciou-se em Direito pela Faculdade da Universidade, em 1978.

Um ano depois de concluir o curso, Joana Marques Vidal exerceu as funções de delegada do Procurador da República nas comarcas de Vila Viçosa, Seixal e Cascais.

Filha do juiz jubilado José Marques Vidal, diretor da Polícia Judiciária nos governos de Cavaco, Joana Marques Vidal, a sucessora de Pinto Monteiro no cargo de Procurador-Geral da República, foi vogal do Conselho Superior do Ministério Público e directora-adjunta do Centro de Estudos Judiciários.

Entre Outubro de 2002 e Outubro de 2004, Joana Marques Vidal desempenhou funções de Directora-Adjunta do Centro de Estudos Judiciários.

Enquanto magistrada do Ministério Público (MP) em Cascais foi a primeira presidente da Comissão de Proteção de Menores da cidade.

Joana Marques Vidal já foi vogal do Conselho Superior do Ministério Público, procuradora da República coordenadora dos Magistrados do MP do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, de 1994 a 2002, tendo exercido funções de docente na área de Família e Menores no Centro de Estudos Judiciários, durante três anos, a tempo parcial.

Participou em diversas comissões legislativas no âmbito do Direito da Família e dos Menores, destacando-se a participação como membro da comissão legislativa para a redação da Lei Tutelar Educativa e como membro da comissão que procedeu às últimas alterações da Legislação da Adopção.

Presentemente, é presidente da direção da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e vice-presidente da direção da Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da Família — Crescer Ser.

Joana Marques Vidal, de 56 anos, é irmã de João Marques Vidal, um dos procuradores que representam o MP no julgamento do caso “Face oculta”, processo em que são arguidos, entre outros, o empresário do ramo da sucata Manuel Godinho e o ex-ministro Armando Vara.

 

in http://www.ionline.pt/portugal/joana-marques-vidal-nova-procuradora-geral-da-republica

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Há 640 mil pessoas inscritas nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas perto de 300 mil não recebem qualquer tipo de apoio: nem subsídio, nem Rendimento Social de Inserção (RSI).

Segundo a TSF, são 46% do total, um número bastante maior do que se pensava, que apontava para 170 mil portugueses nesta situação.

Na verdade, só 360 mil beneficiários é que têm direito ao subsídio de desemprego normal ou social. Apenas 200 mil recebem RSI.

A realidade dos que estão numa situação crítica mas não recebem apoios do Estado pode ser bem pior, uma vez que há muitos desempregados que não estão inscritos nos centros de emprego.

É que cerca de um milhão de desempregados e inativos chegou a desistir de procurar trabalho, tendo por base os dados de junho.

O próximo ano vai ser ainda mais complicado. O desemprego deve atingir mais de 900 mil pessoas. O Governo subiu a previsão da evolução da taxa de 16% para 16,4%.

 

in http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/desemprego-inscritos-iefp-rsi-subsidio-ultimas-noticias/1381493-1730.html

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O novo regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros, que inclui a criminalização da contratação de imigrantes ilegais ou a expulsão dos condenados a penas superiores a um ano, entra em vigor esta segunda-feira.

De acordo com a nova lei, os estrangeiros a viver em Portugal que tenham sido condenados a penas de prisão superiores a um ano não verão a sua autorização de residência renovada.

Por outro lado, a renovação das autorizações de residência temporária e permanente não serão efetuadas caso o cidadão estrangeiro tenha sido condenado em pena de prisão superior a um ano, isolada ou cumulativamente.

O novo regime jurídico entra em vigor depois de aprovada na generalidade, com os votos do PSD e CDS, e na especialidade, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

No debate no Parlamento, a 12 de abril, recebeu os votos contra do PCP, do Bloco de Esquerda e de Os Verdes e a abstenção do PS.

O novo regime jurídico traz cinco alterações fundamentais em relação à anterior lei, entre a criminalização da contratação de imigração ilegal, a criação de um novo tipo de autorização de residência denominado ‘Cartão Azul UE’ e o reforço ao combate aos casamentos e uniões de facto de conveniência.

São ainda introduzidas alterações ao “instituto do reagrupamento familiar” e é feita uma clarificação da figura do “imigrante empreendedor”, facilitando os projetos de investimento em Portugal.

 

in http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2814706&page=-1

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Dívidas ultrapassam em 500 milhões de euros o montante da próxima tranche do empréstimo da troika. Se o ritmo se mantiver, o valor de 5,6 mil milhões registado em 2011 será ultrapassado este ano.
O valor das dívidas que entraram este ano nos tribunais, por via de acções de execução, já atingiu 4,8 mil milhões de euros, noticia o jornal Público.
Enquanto no ano passado as mais 249 mil ações interpostas estavam associadas a dívidas 5,6 mil milhões de euros, só nos primeiros noves meses deste ano os quase 172 mil processos já atingiram perto de 4,8 mil milhões.
José Carlos Resende, presidente da Câmara de Solicitadores, explicou que este aumento no valor das cobranças judiciais de dívidas está muito relacionado com a escalada das falências judiciais, que atingiram 4727 empresas até setembro.

 

in http://www.dn.pt/especiais/interior.aspx?content_id=2812546&especial=Revistas+de+Imprensa&seccao=TV+e+MEDIA

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O Governo vai agravar, no próximo ano, o IRS pago pelos portugueses em cerca de 30% face ao actual valor.

A conclusão retira-se dos anúncios feitos esta quarta-feira pelo ministro das Finanças na conferência de imprensa destinada a dar a conhecer ao país as medidas alternativas à desvalorização fiscal que foi anulada pelo Governo.

Vítor Gaspar revelou que o Executivo vai repor, em 2013, aos funcionários públicos um dos dois subsídios que lhes foram retirados este ano. Aos pensionistas vai repor 1,1 subsídios. Em contrapartida, vai reduzir o número de escalões do IRS e introduzir uma sobretaxa de 4% deste imposto, semelhante à aplicada em 2011. As duas mudanças no IRS produzirão um agravamento da taxa média efectiva do imposto de mais 3,4 pontos percentuais.

De acordo com o ministro das Finanças, a taxa média efectiva do IRS é actualmente de 9,8%. Passará agora para 13,2%. Isto significa que o agravamento na factura de IRS a suportar pelos portugueses será, em média, superior a 30%.

Dois pontos percentuais deste agravamento estão relacionados com a redução dos escalões do IRS de oito para cinco. O resto está relacionado com a sobretaxa do IRS.

O ministro disse ainda que as alterações a efectuar no IRS farão aumentar a progressividade do imposto. Assim, o aumento da taxa será mais significativo nos rendimentos mais elevados e mais moderado nos mais baixos.

Em relação à sobretaxa, Gaspar afirmou que, ao contrário do que aconteceu em 2011, não deverá ser aplicada exclusivamente no subsídio de Natal, repartindo-se os seus efeitos ao longo dos vencimentos dos 12 meses do ano.

Vítor Gaspar anunciou também que se irá proceder a um agravamento adicional da tributação sobre os rendimentos de capital, rendimentos de poupança, património, bens de luxo, tabaco e transacções financeiras. E que o Governo aprovou um conjunto de propostas para combater a evasão fiscal e a economia paralela – medidas que, no seu conjunto, considerou tratar-se de um “enorme” aumento dos impostos.

Para Vítor Gaspar, as medidas repartem o “esforço de ajustamento” pela população “de uma forma justa e equilibrada”. E, por isso, considerou, a esmagadora maioria dos funcionários públicos e pensionistas ficará melhor em 2013.

Em relação à criação da taxa sobre as transacções financeiras, nada concretizou. “Está em aberto”, assumiu, explicando que será introduzida em sintonia com outros Estados-membros da União Europeia, porque “estão a desenvolver-se esforços a nível europeu”. A questão estará em cima da mesa da reunião de ministros das Finanças da zona euro da próxima semana, e o próprio ministro português irá defender um avanço mais rápido “nesta matéria”, prometeu.

Gaspar remeteu para a apresentação do Orçamento do Estado para 2013, a 15 de Outubro, detalhes em relação a outras medidas, nomeadamente um aumento da tributação em sede de IRC, justificando que “o exercício [de elaboração do documento] não está fechado” e que as suas explicações de hoje não são para apresentar o orçamento.

Mais desemprego em 2013
Gaspar reviu ainda em alta a previsão do nível de desemprego para 2013. Em vez de uma taxa de 16% da população activa, como previa ainda há três semanas, o Governo aponta agora para 16,4%. Embora considere que a proposta de alteração da Taxa Social Única (TSU), que o Governo deixou cair nos termos em que o primeiro-ministro a apresentou em Setembro , visava conter o agravamento do desemprego e teria impactos positivos na criação de emprego, reconheceu que, pela forma como foi recebida, não teria “condições de aplicabilidade”.

Gaspar diz não existir “uma medida alternativa” que responda aos objectivos definidos pelo Governo para a medida – promover o crescimento e a competitividade –, mas adiantou que existem muitas ideias “parcelares” dos parceiros sociais, com “margem de adaptação”, que “precisam de ser afinadas” para serem postas em prática.

Confrontado com as declarações de António Borges sobre a reacção dos empresários às mexidas na TSU, Vítor Gaspar insistiu que foram feitas em nome pessoal e que não reflectem “a posição oficial do Governo”. Para as empresas e os trabalhadores, deixou a seguir uma mensagem, sem voltar a falar do consultor do Governo para as privatizações: “O esforço de ajustamento do sector privado em Portugal, das empresas portuguesas, dos empresários portugueses e dos trabalhadores portugueses é a força motriz… por trás do comportamento das nossas exportações”.

 

in http://economia.publico.pt/noticia/irs-pago-pelos-portugueses-vai-subir-cerca-de-30-em-2013–1565688

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O candidato a bastonário dos advogados Guilherme Figueiredo diz que o atual detentor do cargo, Marinho Pinto, é bom a assinalar os problemas da classe, mas mau a resolvê-los.
“Tem uma grande capacidade, que todos lhe reconhecem, de sinalizar os problemas. Mas, depois, falta-lhe a capacidade de prosseguir para a resolução”, afirma Guilherme Figueiredo, em entrevista à agência Lusa.
“A grande diferença entre o mandato do atual bastonário e o meu, caso venha a ser eleito, é resolver os problemas”, acrescenta o candidato, garantido ser essa a forma como age na atual função de presidente do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados.
Uma das matérias que, segundo Guilherme Figueiredo, ilustra a alegada incapacidade de Marinho Pinto para solucionar o que reconhece estar mal é a da admissão de licenciados em direito na advocacia.
“Foi prometida a solução logo nos primeiros dias [dos mandatos de Marinho Pinto] e nada foi resolvido”, diz.
Nesta questão, “deveremos ser absolutamente claros”, defende o candidato a bastonário, para quem é preciso alterar as regras de admissão e não “utilizar os meios de formação, ou de avaliação, para atingir os mesmos fins”.
De Marinho Pinto, que termina no final do próximo ano o seu segundo e último mandato como bastonário, Guilherme Figueiredo diz ainda que faz bem ao optar por um discurso “incisivo”, mas peca por “generalizações que às vezes são absolutamente indevidas”.
Na sua perspetiva, “o discurso incisivo não pode fechar as portas” à relação institucional entre a Ordem dos Advogados e outros atores do sistema.
Noutro âmbito, Guilherme Figueiredo afiança que, se for eleito bastonário, procurará equiparar em dignidade os defensores oficiosos e os advogados contratados diretamente pelos clientes.
Interessa-lhe também esbater qualquer tipo de “guerra” entre advogados que exercem a título individual e os grandes escritórios.
“Há necessidade de regulamentar claramente o espaço de cada um e exigir o cumprimento escrupuloso da deontologia profissional. Se se cumprirem todos as regras que deviam estar claras neste momento, não há a instalação de qualquer tipo de guerra”, afirma.
Guilherme Figueiredo preconiza, por outro lado, que um advogado não possa exercer a atividade e, em simultâneo, ser legislador.
Quanto à acumulação do exercício da advocacia e de deputado, declara que “não se pode caminhar na superfície de forma demagógica” e questiona-se sobre se a função de parlamentar não deve ser incompatível com o exercício de qualquer atividade, e não apenas a de advogado.

 

in http://economico.sapo.pt/noticias/governo-acaba-com-travao-no-imi_153197.html

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O vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura (CSM) alertou hoje no Parlamento que a «burocracia desenhada» no novo Código de Execução de Penas (CEP) está a causar uma situação «quase explosiva» nas prisões.

O juiz conselheiro Bravo Serra falava na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde também referiu que o CSM saúda, no geral, as alterações propostas pelo Governo aos códigos Penal e do processo Penal.

Quanto à revisão do CEP, Bravo Serra explicou que o CSM não coloca objecções «do ponto de vista jurídico», mas advertiu que a burocracia introduzida pelo diploma – recursos hierárquicos, impugnação judicial das decisões da direcção prisional e outras – «está a causar muito mau estar» nas cadeias.

«A situação é pouco menos do que explosiva», avisou o vice-presidente do CSM, observando que o défice de funcionários nos Tribunais de Execução de Penas e a falta de rapidez no tratamento dos processos de reclusos presos (processos urgentes por natureza) estão a bloquear o sistema.

Bravo Serra frisou que os dados de que o CSM dispõe sobre esta matéria «são um pouco negros» e revelou que são «inúmeras» as reclamações e protestos dos reclusos que chegam a este órgão de gestão e disciplina dos juízes.

Relativamente à reforma do Código de Processo Penal, o representante do CSM saudou, na generalidade, as alterações introduzidas, deixando uma palavra especial para a mudança que permite a «valoração das declarações do arguido» em fase de inquérito, desde que feitas na presença do defensor e do Ministério Público.

«Não temos nada a apontar», disse Bravo Serra, referindo que o CSM também não coloca «objecções» às alterações propostas para o Código Penal pelo actual Governo.

Chamou, contudo a atenção para o excesso de abrangência de algumas normas, nomeadamente para a redacção do artigo relativo à reparação integral do dano ou dos prejuízos.

 

in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=60263

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O recurso aos tribunais por acidentes de trabalho diminuiu em 2011, o mesmo acontecendo nos processos de doenças profissionais e outros relacionados com a área laboral, revela o relatório anual da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os dados reunidos nos serviços do Ministério Público (MP) indicam que os processos por acidentes de trabalho instaurados decresceram de 21.325 em 2010 para 20.272 para o ano passado.

Nos processos de doenças profissionais e outros, movimentaram-se 148, com 38 abertos em 2011 e os restantes 93 instaurados há dois anos.

Do total dos processos movimentados, 87 foram encerrados, mais 13 do que no ano transacto.

No que se refere a ações comuns laborais, deram entrada 3.258, movimentaram-se 6.387 com intervenção do MP em 2011 e ficaram pendentes 3.221 para 2012, ou seja, foram concluídas 3.166.

Nas ações tutelares, houve um movimento de 97.099 processos, dos quais 42.581 deram entrada ao longo do ano passado, tendo findado 51.877 processos, a maioria (45.128) respeitando a ações relativas ao exercício do poder paternal: ações de regulação, de alteração à regulação, de inibição ou de limitação do poder paternal.

Na averiguação oficiosa de paternidade e maternidades, o número de processos (1.155) diminuiu relativamente a 2010 (menos 146).

O número de processos terminados por perfilhação foi de 1.265, o que corresponde a 57 por cento do total dos finalizados (2.218) “e merece destaque por revelar o reconhecimento voluntário da parternidade e maternidade em valor significativo, ligeiramente inferior ao do ano transacto (1.290)”.

Os números da PGR referem que em 2011 foram apresentadas 12.709 reclamações de créditos em execução, falências e processos análogos e que o MP elaborou 34.232 cartas precatórias/rogatórias, tendo ainda emitidos 10.498 pareceres em ações de divórcio das conservatórias, realizados 53.787 atos de atendimento de público e feitas 4.656 intervenções no âmbito da Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo.

 

in http://www.ionline.pt/portugal/recurso-tribunais-acidentes-trabalho-decresceu-2011

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