Venda proibida de produtos testados em animais

É o fim de uma luta de décadas em defesa dos animais. A União Europeia deixa hoje de vender produtos cosméticos que tenham sido testados em animais, frequentemente coelhos, ratos e porquinhos da índia. Uma luta que durou 23 anos por parte organização The European Coalition to end Animal Experiments.

Numa comunicação hoje divulgada, a Comissão Europeia sustenta ter avaliado os impactos da proibição, tendo concluído que “o desenvolvimento de cosméticos não justifica os ensaios em animais”.

Bruxelas adianta ainda que “as tentativas para encontrar métodos alternativos prosseguirão, uma vez que a substituição integral dos ensaios em animais por métodos alternativos ainda não é possível”.

A União Europeia contribuiu com cerca de de 238 milhões de euros entre 2007 e 2011 para esse tipo de investigação, salienta também a “Comissão Barroso”.

A proibição de ensaios em animais de cosméticos vigora desde 2004, a que se seguiu, em 2009, os testes de produtos cosméticos e a comercialização na União de produtos cosméticos contendo ingredientes que tenham sido ensaiados em animais.

Para os efeitos mais complexos na saúde humana (toxicidade de dose repetida, incluindo sensibilização cutânea e carcinogenicidade, toxicidade reprodutiva e toxicocinética) a data-limite para a proibição de comercialização foi prorrogada até hoje.

“A entrada em vigor hoje da proibição total de comercialização constitui um sinal importante do valor que a Europa atribui ao bem-estar dos animais”, disse o comissário europeu pela política da Saúde e dos Consumidores, Tonio Borg.

O comissário acrescentou que Bruxelas “está empenhada em continuar a apoiar o desenvolvimento de métodos alternativos e a dialogar com os países terceiros para que sigam a nossa abordagem europeia”.

A esta campanha bem sucedida juntaram-se marcas como a Body Shop, várias organizações não governamentais nomes como o de Paul McCartney, Morrissey and Sienna Miller, quando a Comissão Europeia dava sinais em, 2011 de atrasar a última fase deste processo cerca de dez anos.

Algumas marcas tentaram ficar isentas da alocação destas medidas, mas isso acabou por não se concretizar. Apesar de existirem ouras formas e métodos de testar estes produtos, mais fiáveis e baratas e sem afetar os animais, sabe-se que em laboratórios europeus são usados 12 milhões de animais todo os anos, nada mais nada menos que 137 animais a cada dez minutos.

O Partido pelos Animais e pela Natureza, está a promover uma petição pela substituição da experimentação animal por outras alternativas, tendo já recolhido 6500 assinaturas.

in http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3100686&seccao=Europa&page=-1

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